quarta-feira, dezembro 28, 2005

Europa apresentará em janeiro alternativa à hegemonia do Google

A Agência para a Inovação Industrial (AII) européia apresentará em janeiro o mecanismo de busca Quaero, um projeto que poderá acabar com a hegemonia no setor do americano Google.

O vice-presidente do grupo Thomson e chefe do projeto, Jean-Luc Moullet, informou que a AII apresentará o Quaero em meados de janeiro. O Thomson é um dos principais proprietários de licenças de tecnologias que possibilitam a compressão digital de imagem, principalmente os conhecidos Mpeg2 e Mpeg4, que permitem armazenar conteúdo audiovisual em pouco espaço.

O Quaero foi anunciado em abril pelo presidente francês, Jacques Chirac, durante um conselho de ministros franco-alemão na França. O projeto nascerá com o objetivo de reunir as tecnologias necessárias para criar um mecanismo de busca multimídia, ou seja, que permita localizar documentos em formato fotográfico, de vídeo, áudio e texto na internet.

Autoridades francesas e alemãs informaram que também irão promover uma biblioteca multimídia européia, iniciativa anunciada enquanto o Google decidiu interromper o projeto de digitalizar 15 milhões de livros, devido às críticas sobre direitos autorais.

O Google alcançou no mercado de ações um valor de 130 bilhões de dólares, o que o situa no mesmo nível da gigante tecnológica IBM e atrás de outros dois impérios do mundo da informática: Microsoft e Intel. A companhia registrou uma receita em 2004 de 3,2 bilhões de dólares.

Outro país que deseja dominar o mercado dos mecanismos de busca na internet é o Japão. O arquipélago anunciou um projeto para desenvolver um mecanismo de busca nacional, que será apoiado por empresas como Fujitsu, Nec e Matsushita, e que pretende concorrer com Google, Yahoo e MSN, mecanismo de busca da Microsoft.

O Quaero usará técnicas avançadas de transcrição, indexação e tradução automática de documentos audiovisuais plurilíngües, o que já é feito por boa parte dos buscadores da rede.

Além do Thomson, o Quaero conta com o apoio de empresas de tecnologia, como Deutsche Telekom e France Télécom, além de institutos de busca e provedores de conteúdo.

Nenhum comentário: